E mais uma vez, nem me deste tempo para sair de casa, sem a habitual discussão matinal. Assim que acordei, virei-me para o outro lado da cama e mesmo sem abrir os olhos, sorri levemente, na esperança vá de hoje ser diferente... mas não. Mal olhei para ti, apercebi-me que era só mais um dia igual a tantos outros. Podias-me ter trazido o pequeno-almoço a cama, metido a minha musica preferida a tocar na aparelhagem do quarto, para eu me levantar devagarinho, ou quiçá, teres dispensado 5 minutos para ficares na ronha a meu lado - em vez disso, deixaste-te ficar. Que surpresa! A sério que não te percebo. Há alturas em que vens de mansinho sussurrar-me ao ouvido no tom certo, tapar-me os ombros com o toque perfeito e falar-me do teu lado mais sensível, quando, ao sentires a chuva e o vento ficas irrequieto e me mostras o teu medo dos temporais que o Inverno traz com ele. Mas depois, como qualquer outro macho, fazes questão de me tirar do serio (e' a magia de viveres com alguém todos os dias). Muito senhor de ti mesmo, eu sei. Rebelde, independente e teimoso que só tu, mas alguém tem de ceder e, meu amigo, garanto-te que não vou ser eu! Iguais a ti há milhões...
Tivesse eu coragem de te rapar e havias de ver se o corte entre nos não seria radical!
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