18 anos e 1 birra

A sério que estou virada do avesso! Este ano não quero festas, prendas (vá, este é capaz de ser discutível) ou surpresas de qualquer espécie.

"Bora aproveitar as férias do Carnaval e ir para fora?" - "Hann... isto anda mal de dinheiro."

"Então? Ficamos cá e vamos para a noite Lisboeta?" - "Hann... ao Domingo está tudo fechado."

"Temos sempre o armazém do meu pai; três pisos dá para organizarmos um alto festão." - "Hann... tenho um espectáculo; vou para Tróia; férias com os pais; já tinha um jantar nesse dia..."

Ora, então, muito bom dia para todos! Amarrei o burro com nós de marinheiro e não tenciono mesmo soltá-lo.

Felizmente, no meio deste cenário de Trevas, aqueles seres fofinhos e prestáveis a que chamo progenitores, deram de facto importância à minha lista de prendas. Ao ver-me chorar, pestanejar avidamente e esconder-me debaixo dos lençóis, o coração da mamã falou mais alto e nessa mesma noite marcou-me um salto de páraquedas, não deixando, claro, de avisar o senhor que se vai atirar comigo que se eu ficar transformada num nhoqui (iguaria gastronómica à base de puré de batata espalmado) ele vai desejar nunca ter nascido.

Invejosos? I thought so.