terça-feira, 13 de abril de 2010

Tenho por hábito gostar de ti todos os dias

"Gosto muito de muito em ti: que não saibas onde se guardam as coisas, que finjas saber a resposta quando te pergunto se o azul se o verde; gosto da abrasão gentil da tua barba (...) De dizer o teu nome em voz alta. Gosto. De quando me telefonas (..) a esfumaçares saudades em espiral pelo canto da boca. Gosto da meiguice desmedida, desse jorro de ternura que não me dá tréguas, e que todos os teus poros façam por me agradar, embora me agrades tanto com tão pouco esforço, naturalmente (...) Gosto de quando te perdes na linguagem crua do prazer e dizes que me fazes e me aconteces e que eu isto e aquilo (...) Gosto que não precises de olhar pra trás quando passa uma mulher bonita, que nunca me largues da mão quando andamos na rua e que me agarres e me puxes quando um carro se aproxima da berma. Gosto da coragem com que entraste na minha vida, da inconsciência juvenil com que abriste caminho em mim e do espírito de aventura com que me desbravaste (...) e gosto dessa insegurança tão masculina (...) Gosto de te ser muitas coisas: a tua deusa, o teu dormir, a tua dona, o teu pleito; um aviso pela manhã, um rebate de consciência, um aperto no coração, um consolo, um eco, pontas soltas, arritmias, formigueiro."
Mas hoje, odeio-te com O maísculo.

1 comentário:

  1. Acho que quando amamos, a imagem que nos passa mais vezes pela cabeça é aquela de um murro na tromba do mais-que-tudo em questão, seguida de um beijo fogoso que nos corta a respiração.

    Portanto, não te sintas mal por odiares de vez em quando... quanto mais odiamos, mais amamos e vice-versa @

    OLha nós, ja nos odiámos mas amamo-nos sempre (I HOPE SO) xP @

    Minha Princesa mau-feitio @ O teu quadro permanece intacto na minha parede, em cima dos meus aposentos de sonhos

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